O que eu tenho não posso dar, emprestar, alugar ou vender... O que é meu, impregna a alma, corrompe os espírito.
E, mesmo depois de minha morte, e fria permanecer sob a lápide, alguns diram: Ela era assim... e ainda me lembro.
Das palavras, das pausas e, dos olhos faiscantes, acendendo o dia com a indignação e força.Nem todos me amarão. Nem todos me odiarão. Nem todos sequer me notarão. Mas, pouco importa. Pois toda oportunidade que tive,
fiz o máximo, não poupei esforços, afetos ou trabalhos. Viver é trabalhoso. Aprender é estafante. E, ensinar, mais ainda. Sobreviver fazendo tudo isso, nem lhe conto!
Mas, o que fazer, se a vida só tem graça se partilhamos? Se partilharmos a risada, a piada e o chiste? Se, confidenciamos uma vileza, uma tristeza ou pobreza... Quem de coração sangrando revela uma decepção...
Assim, vamos todos nós cúmplices, de uma nau singrando mares nunca dantes navegados, rodeados de ilhas de deja-vù e alguma serenidade ambígua.
De modo, que não posso dar, emprestar, alugar ou vender. Mas, posso compartilhar, partilhar... e sobretudo, rezar uma vez ao dia para que nunca se esquecermos do outro... Pois isso seria matar um pouquinho a humanidade inteira...