Pensar na exatidão do sentimento.
Na infinitude de julgamentos.
Explícito e implícitos.
Instintos que nos fazem ouvir os ventos.
Revelar emoções.
Fonetizar a alma
por música e poesia.
Pensar na profundidade dos abismos.
Na falta de diálogo.
Na esfinge a esperar a decifração.
A visão que não apenas vê, mas observa.
E aprecia mais, reclama menos... e,
espanta os medos com a mesma alegria dos
raios do sol de manhã.
O leque divino dos caminhos
Com múltiplas bússolas.
Recíprocos detinos.
Acreditar em previsões mágicas.
Poções mirabolantes.
Curas milagrosas.
A fé em dias melhores.
Em dias mais brandos e largos
A nos abraçar ao final do
dia, sangrando pelo entardecer.
E, a pálida lua nos olhando.
Com olhar de mãe ao fim do dia.
Olhar cansado e terno.
O amor subliminar
O amor das entrelinhas
Amor costurados em meias.
Em pratos de comida quentinhos.
Em banhos tépidos, a
nos remeter novamente ao útero.
E, depois, nos conduzir ao traumar de nascer.
De cortar o cordão umbilical.
Cortas os pulsos.
Cortas os liames possíveis e biológicos.
Romper com grilhões atávicos.
Com catividades afetivos.
Pensar na exatidão da existência
No lado obscuro e sombrio
De silêncios indigestos
A deglutirnos.
Lentamente
Sob a tortura doo tempo.
Sob a envergadura do tempo.
Sob a ditadura da matemática.
Números nos crucificam
Números nos medem
Números nos dimensionam.
Somos o número em alguma estatística.
Somo aquela expressão exata e abstrata
de conteúdo variável e imprevisível.
Somos uma parte da moeda.
Uma parte do enigma.
uma parte de Édigo e da Esfinge.
Decrifre-me ou lhe espero
Na eternidade das criptografias.
A cerzir em linhas invisíveis,
verdades óbvias.
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 13/07/2018