Escrever um texto curto é um duelo. De um lado, nossa alma falastrona e verborrágica, a desejar descrever tudo e todos de dentro para fora, ou de fora para dentro. E, de outro lado, o desejo de ser objetivo, sintético e pertinente.E, eu, com a mania incoerente, de descrever tudo de forma bem didática, de maneira que todos entendam... e, embarquem incondicionalmente em minha visão, emoção ou sonho. No fundo, ao compartilhar meu texto, quebro os elos solitários do observador voraz que habita meu íntimo e, tento contaminar as pessoas com maior sensibilidade e compaixão.  Minha arma é velha, apesar de humana demasiadamente humana. Tenho em mim, sentimentos comuns, emoções banais e palavras triviais... e, mais, a pretensão das mais comuns, de trazer você para o meu lado. Meu lado da narrativa, meu olhar sobre o contexto e, principalmente, o meu partido cuja a ideologia é a poesia. O quão somos poéticos, contraditórios, paradoxais... Líricos e românticos... ainda no século XXI onde a tecnologia substitui pessoas, funções e até pertencimentos. O quão somos idealistas e sonhamos com aquilo que não vemos, não temos e nem tocamos...enquanto que o horizonte está lá, de braços abertos, esperando a sua emoção, o seu olhar, o seu lápis a desenhar o intangível, ou simplesmente, aquela palavra que colocada no papel, vira mágica e, traduz um momento inteiro em poucos fonemas mas com muita afeto.
A arte de escrever um texto curto é como o decifrar a esfinge... Decifra-me ou te devoro. Pois hoje, ninguém tem mais tempo para nada.  Curto, enxuto e objetivo, esse é meu texto. Na tentativa de fazer você feliz leitor(a) e muito mais capaz de conhecer todas suas possibilidades.