Quando chegou, abriu a porta, e se sentou...uma aura junto brilhava e inundava a sala de sua presença. Seus olhos acesos criptavam diante da imagem e espelhamento. Sua figura era irradiante e irremediavelmente. Eu, com o ar blasé de sempre, me perguntava intimamente... Quem é a famosa figura? De qual galáxia viera? Mas, ao mesmo tempo, respondia-me:- de que adianta?... se sou estou aqui em corpo e não em alma... Então, por algum tempo conviveram harmoniosamente a minha ausência e a sua presença. Repleta de semântica e perfume. A minha sintaxe dialética reverberava... e ecoavam nos debates, a desconfiança sobre tudo e todos. Um mar de incertezas e olhos sedentos pelo cais. Mas, eu desejava o infinito. O mistério do improvável e do inimaginável... daquilo que sou ou serei...E, no passado, as dores das escolhas que fiz soavam inverossímeis. Como pude ser aquela pessoa? Fui? E, nem acredito. Já você esboçava uma esperança virulenta e contagiosa. Um sorriso farto e amplo. Uma alegria inexplicável pelo simples fato de existir... A fronteira entre eu e você erguia-se num crescente. Algo estranho aconteceu quando na encruzilhada dos afetos, passei aceitar sua esperança, sua alegria inexplicável e, você, por sua vez, meu realismo depressivo. Essa estranheza vem do ventre dos encontros, das intersecções espirituais que acontecem ao acaso... ou são apenas explicáveis pela tramas das moiras.