Subitamente aquele feixe de luz
Ilumina tudo
E as cores narram formas
Formas conversam com a geografia
E as montanhas sussuram
segredos às nuvens
Nos ventos jazem uivos
de lobos que cuidam
da matilha.
A primavera nos recorda
a juventude e
a infância.
Os frutos cheirosos
Despencando do pé...
A sensação prazeirosa
de estar,
de ser,
de respirar
tanta amplidão
do universo
Mas, lembra,
somos ínfimos,
somos inócuos,
somos satélites em órbitas perdidas.
Os sinais.
As palavras
O lirismo
A poesia cotidiana
dos dias.
A fonética engraçada
das meninas
E, ao fundo o sino tonitruante
toca os corações
e ,começamos a rezar
ave maria,
mãe de Deus.
Tudo que as vezes queremos
é uma mãe...
Então, se for a mãe de Deus.
Erguemos nos esperanças
Suspiramos a mágiac
continuada
de reinventar-se.
Refazer-se
Começar. Recomeçar.
Aperfeiçoar.
O tom,
o som,
a cor
e o sentido.
E vetores viram mitos.
E mitos viram células-tronco.
Talvez a cura seja possível
Talvez a eternidade seja palpável
Mas, nunca, saberemos de todo futuro.
E, o que exatamente nos aguarda.