Confesso que adoeci.
Falta-me ar.
Sonbram-me pernas bambas
que erram o caminho
e fazem da queda uma trajetória.
Confesso que adoeci.
Rezai por mim.
Quero minha alma bem encomendada.
Quero alegria.
Quero flores.
Mas, quero recobrar
a memória.
Viver novamente
Aqueles momentos.
Preciso agendar a sorte.
E, tropeço
E, me erguo novamente.
Estou fragilizada
Mas não sou fraca.
Há uma insistência em sobreviver.
Há uma resiliência.
Do limão à limoada.
Do chocolate, o amargor.
Da pétala, o mel do pistilo.
Do mel até o ferrão da abelha.
A vida está nesses trajetos.
Doçura, amargura, alegria e dor.
Confesso que adoeci.
E que a poesia vai me curar.
O lirismo vai me erguer.
E, a esperança vai se renovar
na manhã imaginária,
na noite luzidia.
Na eternidade paradoxal
da morte.
Coonfesso que adoeci.
É vírus.
É alergia.
É fato que põe ponto final
Mas esconde mil reticências.