Guerreira
Feridas cicatrizadas,
outras sangrando.
Saudades esculpidas em olhares.
Mãos suaves rijas em gestos.
Guerreira.
Punhos fechados e alma aberta.
A guerra não me pertence.
Sou mais um animal em luta
na arena da sobrevivência.
Lutei.
Algumas vezes venci.
Outras vezes perdi.
E, algumas mais,
percebi que a vitória
ou a derrota era apenas
aprendizado.
Era apenas um treinamento.
Para eternidade futura.
Para os desafios diários.
Ainda procuramos por curas e milagres.
Deuses, santos e gurus.
Ainda postamos nossas esperanças.
Na espada.
No ballet do planeta.
Envolta de sol ou da lua.
Ou em torno de si mesma.
A aperfeiçoar a substância
e a essência.
Numa expressão mágica.
Epareh Oyá!
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 04/12/2017