Não tenho estilo próprio
Não tenho.
Definitiva sou sem raça definida
O popular vira-lata
Vira-almas
Vira-lama
Vira coisas mutantes e
em constantes em mutação.
Viradas acrobáticas
em passos métricos.
Muda, transmuta.
Muda novamente.
Inventa.
Reinventa.
E, acredita piedosamente.
Pesadoramente.
E, de repente,
duvida de absolutamente tudo.
Até de si mesma.
Tenho medos profundos
e sono leve.
Meus olhos escaneiam a realidade
masm por vezes são incapazes
de enxergar
Ver dentro e fora.
Ver aqui e além.
Ver diante e depois
Meu pobre pensamento
é binário.
Vve na gangorra absurda
de lembrar e esquecer.
Esquecer para lembrar
É possível passar por cima;
É possível ultrapassar a velocidade.;
É possível ainda jogar sujo.;
E, manchar as paredes do quarto.;
E alegar distração.
Definitivamente não tenho estilo.
O meu sentido é apenas
provisório
E, quando eu cansar
da provisoriedade.
Vai sentar-se a beira do abismo
e balançar as pernas
infinitamente.
Sem estilo
e sem espaço.
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 18/09/2017