No segundo que vi você.
Minha retina escaneou sua figura
Reta, vertical
e longilínea.
Sua presença inundou
espírito.
O oxigênio parecia mais leve
As cores mais vívidas.
Elipses oculares feixavam
o ambiente.
E lá fora,
o burburinho enfadonho
diminuiu tanto
que cheguei a pensar que
a pausa fosse real.
A síncope musical da
sua presença.
Sua alma inteira iluminada
preenchia o ambiente
Que reverberava sua essência,
e distribuía satélites.
Ficava pensando
Quem seria você?
O que faz você ser tão exótico?
Tão reluzente?
Tão único?
em meio um mar de mesmice.
Meus olhos em flashes
fotografavam
e filmavam....
Acompanham sua natureza
como se fosse novela.
Então, surge o som de sua voz.
O fonema curetava meus ouvidos
para em seguida se cauterizar
com sua semântica.
A voz não era suave.
Não era aguda.
Não era estridente.
Era contralto
e vagando entre os extremos
me pedia uma informação.
Num ímpeto,
meu silêncio sangrava
e meu nervosismo
me denunciava
deixava impressões
digitais indecentes
em minha fala e
em minha alma.
No imediato segundo que
vi você...
Fui alvejada
pela flecha certeira
pels conexão invisível,
imperceptível,
E, a sedução inata
presente em você...
transbordava de forma
elegante.
A admiração irremediável
de ver você definitivamente
passar, por um
segundo apenas
em minha vida.
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 04/08/2017
Alterado em 07/08/2017