Carta ao amor contemporâneo
Prezado amante
Dizer-lhe sobre o amor seria pleonasmo
Dizer-lhe que jamais o esqueci, também...
Sempre houve um lugar de terna lembrança
de acalanto
enquanto o tempo passava...
inexoravelmente.
Portas se abriram.
Portas se fecharam
Lacraram-se portas.
Há caminhos que jamais voltaremos a trilhar,
seja porque os corpos não dão conta...
Seja porque não conseguiremos reprisar as emoções
È sempre nova a emoção de revê-lo
È sempre nova a ansiedade de esperá-lo
E entendê-lo em sua altivez poética
Em sua farda imaginária, de soldado
sempre preparado para guerra
sempre munido para a paz.
Deixa sempre uma saudade reticente
E a imaginação inquieta a imaginar
o poderia ter sido...
A você eu devo tanto...
Pois perto de você...
só em vê-lo
sinto-me viva, ainda.
Obrigada.
Abraços afetuosos
de sua eterna namorada.
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 27/11/2016