Há pactos selados com sangue
Outros selados com juras e palavras.
Há pactos firmados com olhares.
Com a serenidade das sombras
Com a cumplicidade de sussurros....
Há pactos que feito correntes
enferrujam...
quebram...
se esvaem..
Há pactos feitos na hora da morte...
Na hora da incerteza.
Na hora de ver o abismo que há em nós.
E no sorvedouro da vaidade...
tudo é aparência e perece envelhecendo
a cansada essência presa à moldura dos óculos.
Há pactos que são rituais...
Juras eternas
de amor eterno
de tempo que a ampulheta
desfia...
Há tecidos rotos pelo tempo.
Há faces esquecidas pela memória.
Há gestos banidos da alma...
Amar.
Desamar.
Amarrar
Desamarrar...
Como lendas que contam fantasias...
Mirabolices entusiastas.
Os pactos servem para serem cumpridos.
Serem honrados.
Mas se não há honra
Como podemos jurar?
Como podemos compactuar?
Silenciosamente com cláusulas
escritas nas dobras mágicas
de um caligrafia imperfeita
mas que contorna o possível.
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 08/07/2016
Alterado em 08/07/2016