Deus está em todas as coisas.
No inseto, na bactéria, na planta
e no plâncton
No pensamento.
No cálculo
Na filosofia.
Na verdade e na mentira.
No tom, no semitom e semifusa.
No átomo, no quasar e na hipotenusa.
Deus está no pecado..
Está na virtude
Está parado na esquina
hesitando em escolher o caminho.
Deus está na dúvida,
na sabedoria.
Deus está e é ao mesmo tempo
De sorte que se confunde
com a essência de todas as coisas.
Há deus máximo.
Há deus mínimo
E, há o mediano.
A mediatriz metafísica que corta
o momento presente ao meio.
Atemporal.
Contemporâneo.
Deus silencia a alma.
Inventa a calma
E nos vicia.
Queremos deus a todo tempo.
A nos eternizar como crianças
E quando morremos como criaturas.
Deus é empírico.
Deus é metafísico
É poema escrito e recitado.
É a prece.
É a vela.
E, sobretudo, o calvário da sobrevivência.
A desafiar a eternidade
E a escorrer lirismo.
Deus tem muitos nomes.
Muitas tribos
Tanta fonética e mil rituais.
Há deus no limo, no visco
e na meleca
Está dentro de mim e fora.
Onipresente.
Onisciente
É a onipotente rima absoluta
a reinar
no altar das virtudes
dialogais.
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 23/06/2016