Eu sonho eu ouvir uma frase:
Não, buana.
Nas relíquias em quadrinhos de Tarzan, que retratavam um ser humano transformado em animal selvagem, narra-se que havia um devotado tratamento dos nativos dado ao eventual manda-chuva, quando clamavam: sim, buana; concordando com tudo e se colocando à disposição.
Em nosso caso em particular, a bugrada dos sertões que se encantou aparvalhada com os sortilégios do Anhanguera, quando pôs fogo numa cuia de água, utilizando aguardente, um truque do qual jamais desconfiaram.
Essas já desastrosas Olimpíadas irão ficar conhecidas como as Olimpíadas da Juma. Que fora sacrificada por expô-lo como se fosse um
pet, para "fazer bonito" diante dos estrangeiros.
Diversos desacertos foram cometidos... O primeiro de cunho administrativo, e na minha opinião, ilícito grave. Posto que não havia autorização para a presença do dito mascote do Exército no referido evento.
Outro ilícito, igualmente grave, foi a supermedicação de calmantes (ou tranquilizantes) administrados ao animal para aquela exposição inútil.
Frisando que o animal já estava na posse do Exército há mais de NOVE anos. E, bastou uma tocha olimpíaca aterrizar naquele lugar para isto já significar sua sentença de morte. Afinal, como é sabido por todos, onças não são domesticáveis.
Aliás, fico a me perguntar, por que diacho o Exército tem que se fazer presente em áreas de preservação ambiental de grande relevância.
Sem que não estejam obrigados a observar e CUMPRIR a legislação
ambiental???
Afinal, a lei não é para toldos.
Nunca encontrarei a resposta para isto. Ademais mesmo a abertura do inquérito administrativo, não irá resgatar a vida do animal, que aliás pertence a uma espécie ameaçada de extinção...
Extinção esta que teve o fiel e obediente esforço colaborativo do Exército...
Pouco adianta também limar cabeças deste ou aquele comandante que num dominó entruncado, pois só fez cumprir ordens...
Chego até acreditar que os militares nem são os principais culpados. Pois afinal estavam em estrito cumprimento do dever legal.
E, os regulamentos militares de uma lógica e dialética, no mínimo criticáveis, prevalecem a toda força, sobre qualquer lei federal, ou ditame constitucional que me informa que tenho direito subjetivo ao meio ambiente equilibrado.
Portanto, as ações e políticas de preservação do meio ambiente, e destaco que também se inclui a FAUNA... estão dentro desta higidez pretendida.
Lamentavelmente pela ausência de tradição operística, jamais teremos o libreto que seria de fácil confecção diante de tamanha bizarrice. Bastaria ler as tragédias cotidianas estampadas nas manchetes dos jornais brasileiros.
Aliás, para tal opereta nem carecia de se contratar atores e cantores. Pois em nossa volta, há todo um cenário ambiental fazendo um coro repleto de pranto e lamúrias. Basta ver que na saga capitalista e exploratória, barragens se rompem, vidas são arrastadas na lama... e enquanto isto apresentamos uma onça pintada à tocha olímpica...
Primeiramente, há um dado que me enfurece: para quê a tocha olímpica passar naquele lugar? Quais são os interesses políticos regionais que ela atende?
Enquanto acendemos a tocha. Apagamos em nosso coração, a decência e o afeto que deveríamos ter por aqueles entes... que por mais que façamos a destruir, ainda nos trata com gentileza e abundância: a mãe natureza.
Não aprendemos nada. Somos ingratos... Oferecemos com prodigalidade ingratidão.
Por isto, eu rogo que doravante, passemos a denominar as Olimpíadas da JUMA... em sua homenagem póstuma e para que JAMAIS esqueça da bestialidade humana, que infelizmente apesar dos diários holocaustos, não caminha em direção a EXTINÇÃO.
Por favor, divulguem a mensagem e façam parte do ABAIXO-ASSINADO Virtual para que coisas assim, não prossigam a destruir o que há de precioso em nós: nossa fauna, nossa flora e, por fim, nossa dignidade humana pois sem esta, não seremos capazes de reconhecer nossos erros, aprender com eles e, finalmente, mudar de atitude no futuro.
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