Qual é a fórmula?
Será uma equação ou inequação?
Calcule a probabilidade.
Projete ortogonalmente o evento.
E, o presente é fenômeno
já repetido no passado
e prospectivo ao futuro.
Qual é a essência?
Está no âmago?
Está na forma?
Está no contorno exato de paradoxos.
Na alquimia dos sentimentos
Misturei amor e ódios.
E amores e ódio.
E muitas cores atingem
e tingem o gris.
Lá fora há alguma verdade.
Passeando solertemente.
Lá fora ainda reisdem impropriedades,
bizarrices e escândalos
acomodados em retinas cansadas.
Em músculos exaustos de tanta resistência.
Existe um meio.
Existe um fim.
E aonde estaria o fio da meada?
Quando tudo isto começou?
Nascem pensamentos ocos.
Frases de efeito.
Bravatas.
Nascem em plena existência.
Mas, na alma
escondida entre tons cinzas esverdeados
respira a esperança mórbida
que afirma:
que é melhor
morrer lutando.
Qual é a fórmula?
O elixir da vida eterna?
Do sucesso imediato?
Da garantia absoluta.
Se não sabemos
da nossa ignorância
Que rejeitamos a luz
E banhados em sombras
cogitamos em convicções cegas.
Ideologias inumanas.
Paradoxos insolúveis
por crises de consciência.
A fórmula absurda.
Do presente exato e motriz
a empurrar lágrimas,
a deslocar brisas
e confidenciar fracassos.
Dê-me a sua fórmula.
Pois o resto, é
apenas forma.
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 14/05/2016
Alterado em 14/05/2016