Eis que as flores não falam
não me consolam
e ainda aguçam a mísera alergia.
O pólen é o rebelde que
quer geneticamente se expandir.
Eis que os ventos não trazem
meus sonhos
e nem brincam com as nuvens
em construir fantasias...
O vento é combustível do rebelde.
Que flana irresponsavelmente
não incerteza absoluta
do infinito ou da angustia.
Não é possível contar todas as primaveras.
Nem todas as lágrimas vertidas numa vida.
Os amigos, uns poucos...
Os inimigos, muito ocultos
Os indesejáveis
incontáveis e espalhados no
mundo
assim como o pólen, o vento
e as lágrimas.
Chega de lástima!
Responda a vida
com ainda mais vida.
E, viva a poesia!
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 16/04/2016