Não sei se é a escolha que me escolhe
Ou se sou eu que faço a escolha.
Não sei se a trama do acaso
é lógica e concatenada com todo
histórico da genética, dos fatos e
das emoções...
Quem me dera clonar a felicidade
de momentos tão ínfimos.
Quem me dera clonar as boas memórias
que vão se apagando
lentamente...
nos esquecimentos diários e pontuais.
Impasse.
Na gangorra da vida, ou se está no alto ou
se está no baixo...
Não existe meio-termo.
Na dicotomia clichê entre o bom e o mau.
Quem posso escolher?
Quem será que me escolheu?
E, o pior por quais razões?
Só sei que a escolha
traz a dor da consciência
a sussurrar brados, xingamentos
e poesia...
Quem disse que não só pode rimar
a escolha com alegria?
a escolha com devaneio e magia?
Nunca saberia como seria se seguisse
o outro caminho?
Se tivesse outro horizonte diante dos
olhos que só enxergam
por causa da luz.
Só há escolha
porque estamos condenados a
ser livres,
a ser responsáveis
pelo consciente e
pelo inconsciente...
E nos totens do labirinto
O minotauro é a síntese
do homem e o animal.
do racional e o selvagem
a seguir o instinto
da sobrevivência.
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 22/02/2016