É dizer o que se sente.
É afirmar a verdade sem pudores.
É se despir das mentiras sociais.
É ser o que simplesmente se é...
É hastear a bandeira em pensamentos,
nos trajes e nos sapatos.
No bailar incessante de moda.
É ter estilo peculiar.
É usar o discurso e o diálogo.
É mirar o futuro.
Mas dormir com o passado.
É reciclar emoções.
É refazer horizontes.
É ser engolido pelo abismo
E renascer na manhã seguinte.
É ter ressaca moral.
É conhecer o poço pelo seu fundo.
É reconhecer o raso, o superficial
e o niilismo.
É deixar de julgar.
É perdoar, mesmo quando não perdoado.
É amar, mesmo não sendo amado.
É sobreviver, mesmo não sendo eterno.
Tudo isso é revolucionário.
Não se apaixonar pela rima.
Mas namorar o lirismo.
Não amar as aparências.
Mas enxergar no espelho
A profundidade da alma.
Aprender ler as pessoas
E ensiná-las aprender
sempre...
sabendo que há sempre
maior desconhecido...
e o pequeno conhecimento
de alguma coisa.
E sombra do inconsciente
a nos estranhar por dentro.
E no mar de incertezas
E da batalha desigual
da concorrência...
O revolucionário.
É não correr.
Mas caminhar...
É não vencer.
Mas amadurecer.
É não ultrapassar limites
Mas conhecer limites.
E derrubar muros e preconceitos.
Revisitar conceitos, princípios e valores.
E no saco da sorte.
Tirar o tema diário
da filosofia íntima
e da revolução imprescindível.
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 20/01/2016