A queda é prenúncio de voo
O voo é prenuncio da eternidade
e imensidão
Estamos perdidos no mar de pensamento,
no tsunami de sentimentos,
e nas sombras enxergamos luzes
que já se apagaram...
O passo é prenúncio do caminho.
O caminho é prenúncio da rota.
Mapas, esquemas e equações
resolvendo vetores do remetente ao destinatário.
E o selo é a saudade...
um registro último requerido como preço.
O preço de se lançar.
O preço para eventualmente se perder.
Eventualmente se achar...
Sem nunca pertencer a um único lugar...
a única pessoa...
ao único corpo.
Dentro desse feudo corporal
Há mil almaas,
Mil áuras..
E as cores refletem
nas múltiplas razões do silêncio.
Hoje escrevi uma carta para você
Falando de saudade.
Da paixão que hoje são cinzas
E do fato da fênix não renascer...
As lendas em que acreditamos
por vezes falham...
Como falham os contos infantis
em impedir as crianças de envelhecerem...
Ainda assim, o tempo é prenúncio
Da eternidade.
Sejamos eternos na poesia diária
de rimas sutis e cotidianas.
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 20/11/2015