Guarde minha paixão velada
O silêncio úmido de minhas lágrimas
A palavra com a fonética inteira
vinda de uma alma em pedaços.
Guarde meus livros,
meus escritos...
feitos de letras redondas sobre
uma realidade em farpas...
Guarde-me em sua memória.
Em sua lógica pragmática.
Em sua recordação mais infantil.
Ria dela...
Ache graça de todas
as tragédias e
suas vestes.
Sobre as frases de impacto
como um soco relapso que erram
publicamente o alvo.
Guarde-me secretamente
com aquele ar de indiferente,
blasè e avec nobless oblige
Depois de ter me guardado
muito tempo
e ter me transformado em saudade
insolúvel
Arreme a pedra com força
para o meio lago...
As ondas dispersivas
ainda serão eu...
e você aliado
ao tempo da reflexão.
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 21/07/2015
Alterado em 21/07/2015