Notas de rodapé. Texto: Explicando a síndrome do bebê esquecido
1 . Sugiro a leitura de “Recontando a lenda de Édipo, Rei”. Disponível em: http://www.giseleleite.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=5087611
2 Freud toma a figura do "Sua majestade, o bebê" como representação inconsciente criança maravilhosa que existe em todo sujeito e reaparece renovada nos filhos: a criança concretizará os sonhos dourados que os pais jamais realizaram - o menino se tornará um grande homem e um herói em lugar do pai, e a menina se casará com um príncipe como compensação para sua mãe.
Já Lacan redimensiona o lugar da criança na psicanálise, e destaca dois lugares possíveis da criança na economia libidinal que se presentificam na clínica: como sintoma, sendo este o representante do que há de sintomático na estrutura da família. Através dele fala da verdade enlaçada à trama de desejos do par pare tal; Como fantasma, a criança com seu corpo e objeto a, articulada ao real do gozo.
3 Segundo Mário & Diana Corso, in litteris: “O fato é que mães choram, mas não só de lágrimas de ternura. A puérpera chora porque a situação toda parece incompreensível e superior às suas forças, a jovem mãe porque teme a exclusão social, supondo que será esquecida em todos os ambientes que agora está limitada para frequentar, a mãe madura chora o vazio que resta depois de cumprida a tarefa, quando terá que reorganizar sua cabeça para priorizar o que antes era prescindível. Mas nenhuma delas assumiria estas lágrimas. Ela será acusada de depressiva, narcisista, possessiva, quando na verdade está numa recorrente crise de identidade. Estamos na colheita do sucesso da campanha publicitário-moral, iniciada há três séculos, que nos convenceu da naturalidade do amor materno”.
4 Vide o resumo disponível em: http://www.academia.edu/5271443/Resenha_do_livro_-_o_mito_do_amor_materno e também http://www.marioedianacorso.com/o-mito-do-amor-materno .
5 Segundo Mário & Diana Corso: "Hakuna matata! Para os não iniciados em Disney, estas são as palavras de ordem que definem a adolescência no filme "O Rei Leão". A questão é saber porque um filme dirigido às crianças dedica tanto tempo em seu desenrolar à adolescência do leãozinho Simba.
Boa parte do filme transcorre em um período entre a morte de seu pai e a ocupação de seu lugar como sucessor do trono, durante esse tempo ele se dedica a viver um eterno presente, sem memórias nem expectativas, enfim uma moratória da vida, que tem sido uma definição já clássica da adolescência. (...)".
6 -A definição mais imediata para canção de ninar, uma das várias denominações brasileiras para este gênero poético-musical, é estabelecida por sua finalidade: canção feita para adormecer criança pequena; trata-se de uma definição funcional.
A análise do conteúdo poético e da forma destas canções permite identificar os elementos imprescindíveis à sua composição e eficácia estética, ampliando tal conceito. Desta maneira, a canção de ninar pode ser considerada um dos primeiros objetos culturais a que o ser humano é exposto.
O medo da morte (perdas, despedidas, separações), presente nos cuidados maternos, paternos e de outros adultos com as crianças pequenas, especialmente com os recém-nascidos, penetra as canções de ninar em diferentes culturas, expressando-se em vários elementos, inclusive em suas figuras de terror.
A esta linha interpretativa, substancializada por constatações advindas de uma prática clínica de atendimento psicológico às famílias de recém-nascidos, foi acrescida outra de caráter mais sociológico: o estudo de alguns textos de canções de ninar tradicionais brasileiras revelou elementos dos encontros e desencontros étnico-culturais dos diferentes povos que formaram a nação brasileira.
O traço de terror, geralmente compreendido como medida disciplinar para o sono aparece acentuado nas nossas canções também porque se origina em um ambiente colonial, escravocrata, contaminado por ameaças e hostilidades. Junto a vestígios de horror apareceram também traços de resistência e preservação cultural das etnias indígenas e negras; como se as canções de ninar fossem veículos propícios ao transporte resguardado de elementos fundamentais da cultura dos grupos humanos colonizados ou escravizados.
7 O Mal de Alzheimer ou Síndrome de Alzheimer é doença neurodegenerativa que provoca declínio das funções intelectuais, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social e interferindo no comportamento e na personalidade. De início, o paciente começa a perder sua memória mais recente.
Apesar de conseguir lembrar com precisão acontecimentos de anos atrás, mas esquece do que acabou de realizar uma refeição. Com a evolução da patologia, a doença causa grande impacto no cotidiano da pessoa e, afeta de forma nociva a capacidade de aprendizagem, atenção, orientação, compreensão e linguagem.
A pessoa fica cada vez mais dependente da ajuda alheia, até mesmo para mais simples rotinas básicas, tais como alimentação e higiene pessoal. Síndrome (do grego "syndromé", cujo significado é "reunião") é um termo bastante utilizado em Medicina e Psicologia para caracterizar o conjunto de sinais e sintomas que definem uma determinada patologia ou condição. A medicina indica que uma síndrome não deve ser classificada como uma doença, indicando que no caso de uma síndrome, os fatores que causam sinais ou sintomas nem sempre são conhecidos, o que acontece (quase sempre) no caso de uma doença.
8 O ato de repetição de leitura nos ajuda a fixar a informação lida. Assim, a informação pode tanto ser mantida por mais tempo na Memória de curto prazo quando pode ser passada da memória de curto prazo para a memória longa prazo, onde está armazenado o conhecimento do ser humano. A leitura silenciosa mental é considerada um ensaio.
9 Além da memória para palavras, números, coisas, imagens, eventos, existe também a memória dos afetos, das emoções, a memória da alma, a memória dos poetas. As emoções estão presentes em todo o sistema de memória.
A teoria de Aristóteles sobre a memória e a reminiscência baseia-se na teoria do conhecimento que ele expõe na obra “De anima”. As percepções que chegam dos cinco sentidos são tratadas ou trabalhadas pela faculdade da imaginação, e são as imagens assim formadas que se tornam o material da faculdade intelectual. A imaginação é a intermediária entre percepção e pensamento.
Assim, apesar de todo o conhecimento derivar, em última instância, de impressões sensoriais, não é a partir delas em estado bruto que o pensamento funciona, mas após tais impressões terem sido tratadas pela faculdade da imaginação ou absorvidas por ela.
É a parte da alma que produz as imagens que torna possível o trabalho dos processos mais elevados do pensamento. É por isso que a alma nunca pensa sem uma imagem mental, a faculdade do pensamento pensa suas formas como imagens mentais, e ninguém poderiam aprender ou entender algo, se não possuísse a faculdade da percepção; até quando se pensa de modo especulativo é necessária alguma imagem mental na qual pensar.
10 A neurociência diz-nos que a memória é um conjunto de ligações entre grupos de neurónios que participam no processo de codificação. Este processo pode tomar parte em diferentes partes do cérebro. Ligações neurais atravessam diferentes partes do cérebro, quanto mais fortes as ligações, mais forte a memória.
A recordação de algo pode ocorrer por estimulação de qualquer das partes do cérebro onde a ligação neural ocorre.
Se uma parte do cérebro está danificada, o acesso a dados neurais que aí se encontram são perdidos. Por outro lado, se o cérebro está saudável e a pessoa está perfeitamente consciente quando sofre algum trauma, a probabilidade de esquecer o acontecimento é próximo ao zero, a menos que seja muito novo ou sofra uma lesão cerebral posteriormente.
11 A maioria das memórias perdidas, contudo, perdem-se porque não foram devidamente codificadas.
A percepção é basicamente um processo de filtragem e desfragmentação. Os nossos interesses e necessidades afetam a percepção, mas a maioria do que nos está acessível como dados sensoriais potenciais nunca será processado. E a maioria do que é processado será esquecido. A amnésia não é algo raro, mas uma condição normal da nossa espécie. Esquecemos tanto, mas não porque a realidade é tão terrível que não nos queremos recordar.
Esquecemos ou porque não o percebemos em primeiro lugar ou porque não codificámos a experiência ou no lóbulo parietal do córtex (memória de curto prazo) ou no lóbulo pré-frontal (para memória ao longo prazo). Para os que devotam as suas vidas a atingir a mente inconsciente, seja para perceberem porque tem problemas, seja para encontrar alguma verdade transcendente digo-lhes que vão procurar durante muito, muito, tempo. Aproveitem antes o vosso tempo para ler um livro sobre memória ou sobre neurociência.
12 Quando o esquecimento se limita a certos acontecimentos da ida do indivíduo, mas este, continua sendo capaz de lembrar outros fatos vividos na mesma época, Bleuler chama-se amnésia catatímica. Diferentemente das amnésias parciais que é observada com frequência na convalescença de enfermidades toxi-infecciosas graves, onde apesar de os pacientes conservarem boa capacidade de evocação, manifestam sérios transtornos.
13 A versão masculina de Medéia existe principalmente quando o pai funda um novo lar. É como se os filhos tivessem morrido junto com o amor que acabou. Quando deixam de amara mãe de seus filhos, desligam-se afetivamente também deles.
Podem até visitá-los esporadicamente, pagar pontualmente a pensão alimentícia, lembrar nas festas do fim do ano, porém inexiste uma real conexão. O filho se traduz num incômodo peso de um passado que se quer esquecer. E muitos os casos, os filhos por serem seres frágeis, vivem uma depressão profunda, realizando uma espera inútil de que o pai venha finalmente buscá-lo para passear.
Também há mães que literalmente abandonam seus filhos, delegando-os aos cuidados da própria mãe e de outros parentes acolhedores, que desistem ou não de se engajar na causa da maternidade. Assim como existem homens que tomam a chegada de um filho como se fosse uma carta bomba, a qual não tem a mínima intenção de abrir, no máximo legalmente reconhecer a paternidade e encaram a pensão alimentícia como espécie de extorsão ou o preço pago regiamente por um erro. Certa feita, ouvi a estranha frase de um pai, o meu ex-filho, da minha ex-mulher. Não existe ex-filho! Filho é uma responsabilidade para vida inteira.
14 A emoção acompanha uma ideia e vice-versa, os afetos e o estado de humor se acoplam às ideias dando um colorido à representação mental. Isso se chama sentimento. Do ponto de vista neurobiológico as áreas importantes para as emoções se encontram no sistema límbico. As estruturas e regiões importantes do circuito cerebral das emoções são as mesmas responsáveis pela memória.
Assim, os estímulos recebidos do ambiente, as vivências e as representações mentais ganham importância junto às experiências emocionais. Segundo o médico Paul MacLean (1952), o hipotálamo é visto como um elemento importante na expressão psicofisiológica das emoções e o córtex cerebral seria a área que codifica, descodifica e recodifica constantemente as experiências afetivas, atribuindo-lhes significações, um sentido, representações, símbolos e valores humanos. Assim, o sistema límbico compreende o sistema central na integração das emoções.
15 Somos capazes de ter o esforço de repensar e transformar os assuntos e experiências vividas. Conforme cita Nietzsche, as expressões, manifestações de sentimentos (chamadas de explosões de sentimentos), podem ser os rancores e recalques passivos que se manifestam, extrapolando as rivalidades internas, exprimindo vontade de vingança. Assim as pessoas seguem a vida cultivando hábitos que escondem suas frustrações.
Os afetos negativos, os ressentimentos são experiências de medo, perversidade, maldade, humilhação que fere o amor-próprio, a autoestima, o autoconceito, que suscita fusões afetivas, transtornos de humor, descontrole emocional. O recalque da agressividade incapaz de exteriorizar afetos negativos, pode trabalhar a memória de forma a estimular a violência, a fúria, a defesa.
Ao longo da vida essa memória dos sentimentos, dos significados expressos em reminiscências, em poesias, na arte e nas atitudes agressivas deve ser trabalhada no sentido de se conseguir um esquecimento que seja apaziguador das dores.
16 A Geração Y, também chamada geração do milénio ou geração da Internet, é um conceito em Sociologia que se refere, segundo alguns autores, como Don Tapscott, à corte dos nascidos após 1980 e, segundo outros, de meados da década de 1970 até meados da década de 1990, sendo sucedida pela geração Z.
Essa geração desenvolveu-se numa época de grandes avanços tecnológicos e prosperidade econômica, e facilidade material, e efetivamente, em ambiente altamente urbanizado, imediatamente após a instauração do domínio da virtualidade como sistema de interação social e midiática, e em parte, no nível das relações de trabalho. Se a geração X foi concebida na transição para o novo mundo tecnológico, a geração Y foi a primeira verdadeiramente nascida neste meio, mesmo que incipiente.
17 Além da técnica de ler em voz alta, há outras igualmente valiosas como grifar os trechos mais importantes ou estabelecer associações mnemônicas. Uma das mais famosas é “Minha Vó, Traga Meu Jantar: Sopa, Uva, Nozes e Pão”. As iniciais da frase relembram o aluno da ordem dos planetas no Sistema Solar: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão.
18 Em reforço a sugestão, lembremo-nos da escola peripatética que foi um círculo filosófico da Grécia Antiga que basicamente seguia os ensinamentos de Aristóteles, o fundador. Fundada em c.336 a.C., quando Aristóteles abriu a primeira escola filosófica no Liceu em Atenas, durou até o século IV." Peripatético" é a palavra grega para 'ambulante' ou 'itinerante'.
Peripatéticos (ou 'os que passeiam') eram discípulos de Aristóteles, em razão do hábito do filósofo de ensinar ao ar livre, caminhando enquanto lia e dava preleções, por sob os portais cobertos do Liceu, conhecidos como perípatoi, ou sob as árvores que o cercavam. A escola sempre teve uma orientação empírica - em oposição à Academia platônica, muito mais especulativa.
Tal característica se acentua quando Teofrasto assume a direção. O mais famoso membro da Escola peripatética depois de Aristóteles foi Estratão de Lampsaco, que incrementou os elementos naturais da filosofia de Aristóteles e adotou uma forma de ateísmo.
19 Memória Autobiográfica Altamente Superior (HSAM sigla em inglês) é habilidade descrita em que os indivíduos são capazes de recordar acontecimentos do seu passado pessoal, incluindo os dias, as datas em que ocorreram, com altíssima precisão. Anteriormente denominada de síndrome hipertimésica.
A partir de novembro 2013 vinte e cinco casos de hyperthymesia foram confirmados em artigos revisados por pares, sendo o primeiro o de "AJ" em 2006. Mais casos foram identificados que estão ainda a ser publicado em revistas. O caso de AJ foi originalmente relatado por pesquisadores da Universidade da Califórnia, Irvine, Elizabeth Parker, Larry Cahill e James McGaugh, e é creditado como sendo o primeiro caso de hyperthymesia. AJ aparentemente pode recordar todos os dias de sua vida, desde quando ela tinha 14 anos de idade: ... A partir do dia 5 de fevereiro de 1980, eu lembro de tudo o que era uma terça-feira.
20 Os ácidos graxos ômega 3 ou ómega 3, como o ácido alfa-linolênico, ácido eicosapentaenoico e o ácido docosahexanoico, são ácidos carboxílicos poli-insaturados, em que a dupla ligação está no terceiro carbono a partir da extremidade oposta à carboxila. Muitos deles (e outros ômega 6) são chamados de "essenciais" porque não podem ser sintetizados pelo corpo e devem ser consumidos sob a forma de gorduras 1 . Porém nem todos os ômega 3” são iguais. O “bom” ômega 3 é o de cadeia longa (ácidos graxos de cadeia longa), e o menos adequado, com poucos benefícios para a saúde, são os ácidos graxos de cadeia curta. 2 A ingestão do ômega 3 auxilia na diminuição dos níveis de triglicerídeos e colesterol ruim LDL, enquanto pode favorecer o aumento do colesterol bom HDL 1 . Possui ainda importante papel em alergias e processos inflamatórios, pois são necessários para a formação das prostaglandinas inflamatórias, tromboxanos e leucotrienos.
21 Com o famoso lema "quem ama não mata" há mais de trinta anos, o movimento de mulheres brasileiras levou para as ruas toda a indignação e deu maior visibilidade para a violência praticada contra as mulheres, assunto que passou a ocupar as pautas da imprensa e também o universo acadêmico além da agenda governamental.
A década de 1980 fora um marco dessa mobilização e sem respeitar fronteiras seja sociais, étnicas, raciais, religiosas e etárias, a violência contra a mulher, em maioria dos casos, se dá dentro do âmbito doméstico e privado, e os principais algozes são os parceiros afetivos.
Mas, com a aprovação da Lei Maria da Penha veio maior rigor na punição dos agressores e se instituíram mecanismos de proteção as mulheres, inclusive com a criação de Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. Também nos anos 1990, surgiu o ECA- Estatuto da Criança e Adolescente que veio salvaguardar tanto a criança como o adolescente tratando-os como sujeitos de direitos e credores de maior atenção das políticas públicas contra a violência.
22 Vale a pena ler de sua autoria o artigo "Um Psicanalista na Instituição Psiquiátrica Assistencial e de Ensino”. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642001000200018 Acesso 20.12.2014.
23 A perda de memória é o resultado de dano no cérebro, seja por doença ou trauma, ou trauma emocional grave. A forma mais frequente de perda de memória é conhecida como "esclerose" ou demência, e a mais comum é a doença de Alzheimer. As principais causas da perda de memória são: idade avançada, stress, ansiedade, depressão, falta de tiamina (vitamina B1), transtorno de déficit de atenção (TDAH); infecções Doença de Alzheimer; doenças da tireoide, como hipotireoidismo, vida sedentária com excesso de preocupações e insatisfações e dieta deficiente. Outros fatores também restam associados à perda de memória como drogas, medicamentos, concussão, alcoolismo crônico, tumor cerebral e encefalite.
24 Conhecer e interpretar adequadamente os sinais emitidos pelo inconsciente nem sempre é fácil. Mas, há diversas técnicas da psicanálise que podem decifrá-los. Deste modo, perceber e analisar o inconsciente podem ser um caminho para minimizar distúrbios emocionais.
Quem produz qualquer tipo de arte pode transmitir sentimentos até então ocultos por meio de suas obras. E mesmo quem apenas aprecia uma expressão artística finalizada pode ter insights interessantes. "Os filmes que marcam a vida, que emocionam, são os que acessam algo no nosso inconsciente, trazendo essa informação para a consciência e nos fazendo enxergar um mesmo tema sob um novo ponto de vista. Isso pode acontecer também diante de um livro, de um quadro, uma música ou qualquer outra obra de arte".
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 01/01/2015