Aos poucos as luzes
chegam a cidade.
Vai acinzentando,
prateando
até que finalmente
as cores saltam.
As trilhas sonoras aceleram
E já se ouve passos,
buzinas e fonemas humanos
movidos a todo pulmão...
Vozes anasaladas, graves,
agudas... e umas gralhas.
No céu tingido de pré-azul
o dia finalmente desponta
plenamente e claro.
Com as evidências.
Com vestígios
com alguma poesia sub-reptícia.
E aquele lirismo que se esvai
feito areia no deserto.
Percorrendo trilhas imaginárias.
Construindo personagens.
Scripts inteiros e cenas.
A cidade finalmente acorda.
Com o debruçar proeminente
da tarde,
e, depois ao entardecer.
E, quando no baile das horas,
já é quase noite
a nostalgia se instala
soturnamente em
corações envelhecidos.
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 08/10/2014