Poeticum
Poesia é onde.
Poesia é quando.
Poesia é quem.
E completa,
e situa e climatiza.
Há outonos eternos
e folhas que flutuam.
Há primaveras de cristal
e flores que nunca morrem.
Há verões tórridos regados
por brisas intimistas.
E, há invernos glaciais aquecidos
por saudades
e sentimentos profundos.
Há sobretudo a existência humana.
Com rima ou não.
Através da sobrevivência ou não.
Para os que envelhecem
e para os que nascem.
Para os que tropeçam ou desfilam.
Para os reles mortais
e as figuras nobres e excepcionais.
Há tanta poesia e tanto lirismo.
Que nossos gestos pingam
e respingam tudo isso.
E ao primeiro toque da mão.
humanizamos tudo a nossa a volta.
A lógica, a metafísica e o acaso
silenciosamente explicado por mistérios
que só deciframos quando nos tornamos
poéticos.
Sinceramente poéticos.
Inexoravelmente poéticos.
Mágicos e dialéticos.
Trovedores de momentos de eternidade ou
de passagens inesquecíveis.
Poesia.
Como, visto e respiro você.
Tanto que nem sei
onde você começa e onde
eu termino.
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 31/07/2014
Alterado em 31/07/2014