"O conhecimento é o mais potente dos afetos: somente ele é capaz de induzir o ser humano a modificar sua realidade." Friedrich Nietzsche (1844?1900).
 

Professora Gisele Leite

Diálogos jurídicos & poéticos

Textos


Perdendo a razão. Ou a razão contemporânea.

A razão é faculdade própria do homem que lhe permite conhecer, julgar e agir, formulando princípios que permitem o conhecimento que é oposto ao que vem por meio da revelação ou da fé.



A razão é ter equidade, enfim, é ter juízo de acordo com os fatos. Enfim é a capacidade humana que permite a chegar a conclusões a partir de suposições ou premissas. Está mui particularmente associada à natureza humana.


Através da razão conseguimos identificar e manejar conceitos em abstração, resolver problemas, encontrar a coerência ou contradição entre estes e, ainda, formar novos conceitos, de forma ordenada, e em geral, orientada para objetivos. A principal diferença entre a razão e as outras formas de consciência reside na explicação: o pensamento quanto mais racional, quanto mais conscientemente for pensado, de forma que possa ser expresso numa linguagem.


O século passado começou em verdade com uma revolta contra a razão, sinônimo de agregação de todas as diferenças, numa totalidade ainda que reduzida.


A referida revolta assumiu contornos endêmicos quando aliás, a realidade se revestiu de um aspecto mais concreto do que uma proposição filosófica.


Foi uma racionalidade que ocorreu tanto no plano dos princípios como no dos fatos e, principalmente na organização da sociedade industrial que começou a se desenvolver maciçamente por volta da Primeira Grande Guerra Mundial principalmente para atender a demanda de produção gerada pelo conflito.


Até mesmo as filosofias do início do século XX são irracionalistas e não só o existencialismo, mas também a fenomenologia de Husserl e a lógica particular das ciências humanas e sociais que procedem com o mesmo espírito.

As filosofias mais ortodoxas à lógica e ao funcionamento da linguagem professam uma pseudoracionalidade. Haja vista a conclusão do Wittgenstein em seu Tractatus logico-phliosophicus (de 1921): “Sobre aquilo que não se pode falar deve-se calar”, não é absolutamente um convite a se restringir à ciência positiva, mas forma de legitimação paradoxal de experiências que não assumem a linguagem fisicalista, a começar pela religião, tão importante na vida Wittgenstein .


Mas, se o século passado começou assim, veio a acabar de forma diferente ante o conflito da razão e o irracionalismo .


A oposição racional versus irracional tão afirmada, no começo do século se atenuou em prol de uma racionalidade plural. Mas, afinal, será que todo mundo pode ter razão?


Registrou a história da filosofia um notório enfraquecimento progressivo do embate entre racional e irracional. De qualquer maneira, os racionalistas mais fortes e peremptórios do século, não correspondem às filosofias cientificistas, mas a ideologia totalitária e, principalmente, ao marxismo.


A destruição da razão de Lukács texto que se opõe às vanguardas do início do século uma forma de Hegel, purificado pela ideia da revolução proletária que supostamente foi capaz de conferir legitimidade à nova sociedade livre de toda alienação.


Com o fim dos metarrelatos, termo utilizado por Lyotard , a racionalidade contra a qual a vanguarda se revoltara, perde vigor. Vindo a resistir os críticos da sociedade de massas como Adorno e Heidegger que assimilaram a sociedade de consumo e de comunicação generalizada ao totalitarismo comunista ou nazista.


Mas a própria expansão da sociedade de consumo e da afirmação do pluralismo cultural pós-moderno ainda enfatizara o enfraquecimento do conflito razão/anti-razão que toma o sentido do avanço intelectual do século XX.


Atualmente como no início do século passado, a teoria acompanha e comenta as grandes transformações políticas e sociais, travando uma racionalização da sociedade industrial tida como ameaça totalitária principalmente diante do fim do colonialismo cultural e a pluralização efetiva da cultura.


A antropologia estruturalista já havia antecipado ao apontar as culturas como formas de organização racional de diversas sociedades humanas dotadas de certa lógica interna e que não podiam ser organizadas conforme esquema evolutivo da barbárie à civilização, ou da irracionalidade à razão, culminando na racionalidade da modernidade cultural.


Parafraseando Blaise Pascal , as culturas têm suas razões que a razão (ocidental, metafísica) desconhece. Diante a multiplicidade das vias políticas e teóricas, o conflito entre razão/anti-razão dilui-se num pluralismo multilinguístico da pós-modernidade.



Mas, afinal, o que é razão? Não é a busca da unidade. Para Aristóteles, o sábio era aquele que sabe tudo, porém não evidentemente tudo. O saber de maneira analítica deve entender as causas supremas e os princípios do ser.


Hegel permaneceu fiel à ideia de unidade, considerando a faculdade de superação e de recomposição dos conflitos na suprema síntese dialética do espírito absoluto. Todavia, para o pensador alemão tal síntese era difícil de obter essa unidade como o ato de pensamento individual (mas não é verdade que Hegel se achasse Deus, no fundo). Tendo se revoltado contra Deus: a racionalidade não é própria do espírito individual, mesmo quando dela nos apropriemos.



É, uma verdade, um trabalho coletivo justamente por reconhecer suas (boas) razões, não podendo referir-se a uma razão que prestaria contras de tudo.
Mas frisemos que pluralismo não é sinônimo de irracionalismo puro e simples. E o esgotamento da ideia de uma razão única, assumiu várias formas, que resulta em todas as escolhas, valores e juízos.



O sábio, segundo a visão aristotélica é aquele que conhece os princípios primeiros e não se transformou em um cético indiferente para quem tudo é igualmente falso e verdadeiro a um só tempo.



A capacidade de, se viver uma racionalidade plural é coisa bem diferente e nos faz conceber que o sábio pós-moderno deve ser alguém que percorreu uma longa estrada ao ponto de ultrapassar o mito da verdade última e definitiva, o que simultaneamente tranquilizante e ameaçador, tal qual um pai severo e protetor que em contrapartida do amor, exige do filho a versatilidade e habilidade para aprender a sobrevivência.


O crepitar dos fundamentalismos nada tem haver com o enfraquecimento filosófico da racionalidade , ao revés, corresponde uma regressão neurótica do universalismo da razão totalitária ao particularismo da família, ao bando da etnia ou do credo religioso.



Contra o enfraquecimento da racionalidade só existe um único antídoto que é a crítica, porém seu efeito não se opera facilmente. A razão no rastro da história humana serve-se, portanto da paixão individual para triunfar.



A sabedoria pós-moderna procura transcender a linguagem, analisar criticamente os métodos científicos e, o contexto onde se insere o homem em face de seu trabalho e no mundo.



Provavelmente a maior lição de Nietzsche seja a sua sabedoria trágica a narrar a sua visão de mundo. A sua percepção de que o excesso de racionalismo trouxe mais mazelas do que exatamente coisas boas e positivas. Sendo Nietzsche um dos filósofos que muito influencia sábio contemporâneo.



É ter um olhar de dentro para fora e de fora para dentro situando-se na geografia e história no tráfego de ideias e comportamentos. Enfim, a razão contemporânea vivencia a crise dos fundamentos, ou seja, Direito, Justiça e verdade.



A morte de Deus e o fim da metafísica promovido pelos discursos pós-modernos trouxeram também, suas consequências para o pensamento jurídico. Assim a velha dicotomia platônica entre o Direito Natural e o Direito Positivo restou inútil, já que ambos se encontram igualmente carentes de maior fundamentação depois de abolidos o mundo verdadeiro e o mundo aparente.


Se foi morto Deus, resta sepulto também o fundamento do Direito Natural divino. E, a tentativa de fundamentá-lo na natureza humana seria, inegavelmente, negar a complexidade do humano, manejando simplificações racionalizadoras que o presente contexto do pensamento humano já não mais aceita.




Podemos concluir que o discurso pós-moderno é um discurso niilista e que as sociedades pós-industriais contemporâneas caminham para a cultura do niilismo cada vez mais consumado. Também a história do pensamento ocidental tem acompanhado de perto a história do niilismo platônico.



Assim a morte de Deus ocasionou a morte da metafísica e dos fundamentos, nos lançando atualmente numa era niilista onde a única forma de entender o ser é com um acontecer, um acidente, e a única verdade possível sobre esse ser é uma verdade meramente interpretativa e hermenêutica.



Referências:

ABBAGNANO, N. Dicionário de filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1970.

CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2000.

JOLIVET, Regis. Tratado de Filosofia. Metafísica. Rio de Janeiro: Agir, 1965.

KARASEK, Felipe Szyska. O conceito de Pós-Modernidade em Lyotard e a Possibilidade da influência nietzschiana. Disponível em: Downloads/7791-26982-1-PB%20. pdf Acesso em 10/06/2014.

LIPOVETSKY, G. Os tempos hipermodernos. Trad. Mario Vilela. São Paulo: Barcarolla, 2004.

NIETZSCHE, Friedrich. A Gaia ciência. São Paulo: Cia. Das Letras, 2001.

REALE, Giovanni. O saber dos antigos – terapia para os tempos atuais. São Paulo: Edições Loyola, 1995.

VILLA, Lucas. Niilismo Ativo e Direito na Pós-Modernidade. Disponível em: http://www.revistapersona.com.ar/Persona68/68Villa.htm Acesso em 10/06/2014.

1- A princípio, pode parecer estranha essa sugestão, pois há similaridades nítidas entre a maquete e o prédio que essa representa ao passo que não há similaridade evidente entre a frase "A neve é branca" e o estado de coisas que essa frase representa. A proposição dotada de sentido constrói um modelo da realidade. A realidade pode ou não corresponder a esse modelo.

Em outras palavras, a proposição dotada de sentido tem a propriedade intrínseca da bipolaridade - em princípio, tanto pode ser verdadeira como falsa. Como corolário dessa propriedade, qualquer afirmação sobre fatos do mundo é necessariamente contingente.

No Tractatus, todas as proposições necessariamente verdadeiras - aquelas que não precisam ser confrontadas com a realidade para que se saiba se são verdadeiras – são tautologias, isto é, são combinações de proposições elementares cujo valor de verdade depende apenas das possíveis combinações de valores de verdade dessas mesmas proposições elementares. Assim, por exemplo, a proposição disjuntiva "p ou não-p" sempre será verdadeira, uma vez que para ser falsa é necessário que as duas proposições sejam falsas, mas quando p é falsa, não-p é necessariamente verdadeira, e vice-versa.

O Tractatus delimitou os limites da linguagem. Tentou explicitar as condições de possibilidade da própria figuração proposicional. Simultaneamente, tentou levar o leitor a vislumbrar algo que está além desses limites. Se a proposta é confrontada com os próprios aforismos da obra, fica evidente que as proposições do Tractatus também violem as regras impostas às proposições significativas.

2-Ludwig Joseph Wittgenstein (1889-1951) filósofo austríaco, naturalizado britânico. Foi um dos principais atores da virada linguística na filosofia do século XX. Suas principais contribuições foram feitas nos campos da lógica, filosofia da linguagem, filosofia da matemática e filosofia da mente.

O objetivo imediato do Tractatus Logico-Philosophicus foi explicar como a linguagem consegue representar o mundo. Mais especificamente, Wittgenstein pretendeu mostrar como uma proposição é capaz de representar um estado de coisas real ou possível. A resposta de Wittgenstein a esse problema ficou conhecida como "teoria pictórica do significado", pois estabelece que uma proposição seja uma representação figurativa dos fatos, assim como uma maquete é uma representação figurativa de um edifício.

3- O irracionalismo é corrente filosófica que surgiu em contraposição à chamada idade da razão, e sustenta que a capacidade humana para apreender a realidade é maior quando supera os limites do racional.

A negação da racionalidade exclui em geral o campo das ciências naturais e matemáticas, bem como o da indústria e da técnica, para concentrar-se no das realidades propriamente humanas, sociais e históricas. Foi muito difundida no fim do século XIX e o início do século XX, principalmente entre os filósofos europeus. Com raízes na metafísica, o irracionalismo enfatiza o papel do instinto, do sentimento e da vontade, em oposição à razão.

4- Gyorgy Lukács ou Georg Lukács (1835-1971) foi filósofo húngaro de grande relevância no cenário intelectual do século XX. Segundo Lucien Goldman, Lukács refez, em sua acidentada trajetória, o percurso da filosofia clássica alemão: inicialmente um crítico influenciado por Kant, depois o encontro com Hegel e finalmente, a adesão ao marxismo. Lukács concentra-se, então, na análise de duas classes: burguesia e proletariado. A burguesia, apesar de poder teoricamente entender a totalidade da sociedade, tem sua compreensão obstada pelos seus interesses e sua consciência assim fadada a uma falsa consciência.

O proletariado tem o potencial pleno para a consciência da totalidade porque tem interesse na destruição do modo de produção capitalista; falta-lhe, porém, desvencilhar-se da falsa consciência tomada emprestada da burguesia, que estruturalmente e ideologicamente submete o todo da sociedade aos seus interesses.

Para o filósofo húngaro, a revolução proletária não viria passivamente, mas como resultado da tomada de consciência pelo proletariado. As crises do capitalismo forçariam o proletário a abrir os olhos, conscientizar-se de sua posição de classe e identificar seus interesses com aqueles indicados historicamente.

No fim da carreira, Lukács repudiou as ideias de "História e Consciência de Classe", em particular a crença no proletariado como sujeito-objeto da história (1960: posfácio da tradução francesa), mas escreveu uma defesa deles, assim como fizera em 1925 e 1926. Este livro Lukács chamou "A Defesa de História e Consciência de Classe" e somente foi publicado em húngaro, em 1996, e inglês, em 2000. Esta obra talvez tenha sido o mais importante texto marxista desconhecido do século XX.



6- Pascal ao cogitar sobre o coração na sentença: Gyorgy Lukács ou Georg Lukács (1835-1971) foi filósofo húngaro de grande relevância no cenário intelectual do século XX. Segundo Lucien Goldman, Lukács refez, em sua acidentada trajetória, o percurso da filosofia clássica alemão: inicialmente um crítico influenciado por Kant, depois o encontro com Hegel e finalmente, a adesão ao marxismo. Lukács concentra-se, então, na análise de duas classes: burguesia e proletariado. A burguesia, apesar de poder teoricamente entender a totalidade da sociedade, tem sua compreensão obstada pelos seus interesses e sua consciência assim fadada a uma falsa consciência.

O proletariado tem o potencial pleno para a consciência da totalidade porque tem interesse na destruição do modo de produção capitalista; falta-lhe, porém, desvencilhar-se da falsa consciência tomada emprestada da burguesia, que estruturalmente e ideologicamente submete o todo da sociedade aos seus interesses. Para o filósofo húngaro, a revolução proletária não viria passivamente, mas como resultado da tomada de consciência pelo proletariado.

As crises do capitalismo forçariam o proletário a abrir os olhos, conscientizar-se de sua posição de classe e identificar seus interesses com aqueles indicados historicamente. No fim da carreira, Lukács repudiou as ideias de "História e Consciência de Classe", em particular a crença no proletariado como sujeito-objeto da história (1960: posfácio da tradução francesa), mas escreveu uma defesa deles, assim como fizera em 1925 e 1926. Este livro Lukács chamou "A Defesa de História e Consciência de Classe" e somente foi publicado em húngaro, em 1996, e inglês, em 2000. Esta obra talvez tenha sido o mais importante texto marxista desconhecido do século XX.


7-A razão pode, sem dúvida, tomar conhecimento da dualidade que dilacera a vida humana até em suas manifestações mais íntimas, mas não pode fazer nada para superá-la. Somente a fé cristã pode explicar ao homem a origem desta ruptura e dar-lhe a graça de saná-la. Com isso, Pascal não quer afirmar que a razão não tenha nenhum valor. Ele não ensina o fideísmo, como se vê claramente pelo uso frequente que faz de argumentos racionais para defender o cristianismo.
Ele prova, por exemplo, a verdade do cristianismo mostrando que o dogma do pecado original é a única explicação suficiente para todos os males que afligem a humanidade. Prova, em outro lugar, a existência de Deus, aplicando a ela o cálculo das probabilidades. O argumento, em resumo, soa assim: "ninguém pode evitar o dilema: ou Deus existe ou não existe. É um problema que diz respeito à vida, não um problema puramente especulativo, uma vez que é necessário agir ou como se Deus existisse ou como se não existisse. A neutralidade é impossível: É necessário apostar; não está em nosso arbítrio; somos obrigados; que alternativa escolhemos?" Estamos condenados a escolher inexoravelmente.

8-A diferença entre a modernidade e a pós-modernidade estaria presente na percepção de que na primeira eram as ciências que criavam as verdades e as leis, assim como a idealização de um bem-comum geral. A dialética era reveladora de saber e emancipatória, um conhecimento baseado em justificações metafísicas. Enquanto que na segunda, o saber está marcado pela dúvida, desconstrução, perspectiva, desconfiança, interpretação, não-existência de verdades, suspeitas, construção do conhecimento a partir da problemática. Existe uma recomendação ao exercício do pensamento e uma incitação e provocação para a dúvida.

9-No livro de história percebemos que não foi a razão e o logos, a preocupação pelo universal que parecem motivar as ações do indivíduo, mas os interesses pessoais, egoístas e paixões. Para que façamos algo, é necessário que a execução da obra satisfaça meu interesse. Esse interesse, Hegel chamou de paixão, que traduz a individualidade inteira projetada sobre um objetivo com todo o seu querer, e, concentrado em todas as suas necessidades.

10-"Deus está morto". Tecnicamente, não foi exatamente ele quem disse isso. Essa frase foi proferida por um louco, um personagem de um livro seu chamado "Assim falou Zaratustra". Da mesma forma que não foi Shakespeare quem disse "ser ou não ser, eis a questão", mas Hamlet, um de seus personagens, não foi Nietzsche quem disse "Deus está morto".

Algumas pessoas fazem até piadas com essa frase, se achando espertas ao colocar a frase "Nietzsche está morto" na boca de Deus. Segundo Reale, "o significado da afirmação da morte de Deus tem um alcance bem mais amplo do que o de exprimir uma forma de ateísmo comum". Nietzsche se referia na verdade ao que Deus representava para a cultura europeia, à crença cultural compartilhada em Deus que no passado havia sido a característica que unia e definia a Europa. Nietzsche estava falando da Europa sem Deus, falando que a noção cristã de Deus estava morta, que não podia mais ser racionalmente aceita. Ele falava da decadência da metafísica no pensamento ocidental.


 
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 27/06/2014
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