Futebol Imaginário
Toda relação humana quando se aprofunda num relacionamento é como se fosse um futebol imaginário. Há um atacante com sede de goleador... Há um goleiro como de gana de segurar todas as bolas possíveis... Isso sem contar, os juízes, bandeiras, gandulas e eventuais participantes que da platéia passam a influir diretamente no placar do jogo...
Tem que ter muita ginga, muito drible e principalmente jogo de cintura e dosar racionalidade, emoção e espírito esportivo... Nem sempre se ganha, nem sempre se perde e muitas vezes empatamos e ficamos têt-a-têt com adversário. Convivendo com o adversário mas com objetivos diametralmente opostos...
No relacionamento homem e mulher a tensão dos fatores externos podem sem dúvida pesar... e fazer bem mais que distanciar e criar abismos. Pode as vezes sentenciar qual relacionamento será duradouro e qual será o mais absoluto desperdício...
Se bem que nesse futebol imaginário, não há a perda da chance de aprendizagem... estamos sempre amalgamando experiências, crenças e reconstruindo valores...
A família contemporânea remodelou os papéis de seus componentes... Do marido, da esposa, dos filhos e, ouso dizer, das maneiras de sobrevivência das relações... Então é natural que um casal moderno e progressista combine festas natalinas em apartado... festas de réveillon em separado, sem contudo, separar-se do afeto e do liame que os enlaçam...
E no desencontro das emoções e das socializações indispensáveis, ao final,o casal se encontra e reúne na intimidade a sensação de liberdade e autonomia...
É esse o futebol imaginário. Marcamos um gol pela civilidade humana...
E seguramos a goleada da opressão e do machismo. Viva a era contemporânea... Aprendamos a ser felizes como indivíduos e, talvez descobriremos novas fórmulas de manter relacionamentos amorosos sem ter que abdicar de sua identidade pessoal.
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 17/01/2010
Alterado em 22/02/2010
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